O diretor da Telexfree,
Carlos Costa, admitiu que investiu parte do lucro da empresa na
construção de um hotel no Rio de Janeiro. A declaração foi dada à equipe
de reportagem do jornal A Gazeta.
O hotel está sendo construído na Barra da Tijuca, um dos bairros mais
badalados do país. O empreendimento provavelmente será administrado pela
bandeira da rede Best Western e foi estrategicamente planejado para
iniciar os trabalhos atendendo ao público que virá à Copa do Mundo de
Futebol ano que vem.
A informação sobre a construção do hotel já circula na imprensa do
Sudeste do país desde o início do ano. Mas, assumir o empreendimento,
Carlos Costa o faz pela primeira vez na imprensa do Acre.
“Além de adquirido sede própria, a empresa investiu em um hotel na
cidade do Rio de Janeiro”, admite Carlos Costa quando foi perguntado se a
empresa “possuía investimentos imobiliários”.
O hotel está avaliado em R$ 70 milhões. A Telexfree já pagou parte do
valor. A intenção da diretoria da empresa era abrir cotas para os
associados da empresa. Como o restante será quitado, após o bloqueio das
atividades pela Justiça, ainda não se sabe.
O diretor da Telexfree não entende que os divulgadores da empresa devam
ser tratados como consumidores. Essa leitura sugere que houve um erro
de concepção por parte do Procon que provocou o Ministério Público do
Acre e apontou prática de pirâmide financeira nas operações da empresa.
Nos cálculos da Telexfree, de acordo com a entrevista, os divulgadores
da empresa pagaram à Receita Federal aproximadamente R$ 200 milhões em
impostos. De acordo com Carlos Costa, o fato de os divulgadores
comprarem os produtos para revender e terem imposto de renda retido na
fonte descaracteriza a figura do “consumidor”.
Mais uma vez, o diretor da empresa nega a prática de pirâmide
financeira. “A Telexfree trabalha com o chamado marketing multinível,
que é uma evolução da venda direta”, frisa. “Uma forma de venda que em
razão da globalização e da internet permite que qualquer pessoa, que
trabalhe com afinco, aumente os seus rendimentos sem a necessidade de
investimentos em estruturas físicas como lojas e quiosques”.
FONTE.
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