A maioria dos mercados internacionais encerrou a sessão desta quinta-feira
registrando desvalorização, diante de dados econômicos ruins divulgados nos EUA
e do pronunciamento do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi.
Por aqui, o Ibovespa acompanhou a tendência externa e encerrou o pregão aos
58.350 pontos, queda de 1,02%.
No velho continente, como o esperado por
grande parte do mercado, o Banco da Inglaterra (BoE) e o Banco Central Europeu
(BCE) decidiram manter suas taxas básicas de juros. Em seu pronunciamento após a
reunião na qual o BCE optou por manter em 0,75% ao ano a sua taxa básica de
juros, o presidente da instituição afirmou que as pressões inflacionárias estão
contidas, o que permite a continuidade da política monetária acomodatícia. No
entanto, Draghi disse que a economia da Zona do Euro seguirá fraca até o fim
deste ano, o que pesou sobre os índices ao redor do mundo.
Também pesou
sobre as praças internacionais uma série de dados econômicos ruins nos EUA. Os
pedidos de auxílio-desemprego recuaram para 366 mil na última semana, porém
ficaram acima da previsão de 360 mil. Além disso, o dado da semana anterior foi
revisado para 371 mil, de 368 mil. Destaque ainda para a produtividade da mão de
obra, que caiu 2,0% no 4º tri/12, mais do que a queda de 1,6% esperada.
Por aqui, a safra de divulgações de resultados corporativos referentes
ao 4º tri/12 influenciou os negócios. Com isso as ações ON da Cosan e da Natura
estiveram durante todo o dia entre as maiores altas do Ibovespa, após levarem ao
público os seus números. A companhia de cosméticos reportou lucro líquido de R$
257,3 milhões, queda de 11,5% em relação ao mesmo período de 2011. No entanto,
no acumulado de 2012, o lucro líquido foi de R$ 861,2 milhões, alta de 3,7% se
também comparado ao ano anterior. Enquanto isso, a sucroalcooleira registrou
lucro líquido de R$ 342,3 milhões no último trimestre de 2012, 264,9% acima do
registrado no mesmo período do ano anterior.
Além disso, a queda de
algumas blue chips pesou sobre o índice representativo da Bolsa de São
Paulo. Os ativos da Petrobras, que abriram o pregão em alta, dando a impressão
que engatariam uma recuperação após quedas recentes, perderam fôlego no início
da tarde. Os papéis ON da estatal recuaram 1,77%, enquanto que para as ações PN
a queda foi de 0,57%. Já os papéis PNA da Vale caíram 2,70%, diante da
valorização do real frente ao dólar e da percepção de que este movimento deverá
persistir nos próximos dias, uma vez que membros do Banco Central teriam
sinalizado a intenção do Governo de conter a inflação via câmbio.
Destaques do Ibovespa: entre as ações que estão listadas no
Índice Bovespa, as maiores altas foram: Cosan ON (+3,69%), ALL Amer Lat ON
(+3,57%) e Natura ON (+2,99). Por outro lado as maiores quedas foram: Suzano
Papel PNA (-5,15%), Eletrobras PNB (-4,23%) e Fibria ON (-3,89%).
Bolsas americanas: as 18h08 índice Dow Jones
Industrial Average operava com baixa de 0,29%, aos 13.946 pontos. O Nasdaq
Composite Índex operava com desvalorização de 0,40%, aos 3.156 pontos.
Bolsas européias: o FTSE 100 registrou queda de
1,06%, para 6.228 pontos; em Paris, o CAC-40 terminou o dia aos 3.601 pontos,
com recuo de 1,15% e o alemão DAX registrou valorização de 0,13%, aos 7.591
pontos.
Bolsas asiáticas: o índice Hang Seng
subiu 0,47%, para 23.256,93 pontos. O índice Xangai Composto subiu 0,06%, para
2.434,48 pontos. O índice Kospi teve baixa de 0,10%, para 1.936,19 pontos. Já o
índice Nikkei avançou 3,8%, para 11.463,75 pontos.
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