A maioria dos mercados internacionais registra desvalorização na sessão desta terça-feira, diante de pressões deflacionárias na China. Por aqui, o Ibovespa futuro registra queda superior a 1%, com a instabilidade política pesando sobre os negócios.
Na China, o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) caiu 4,8% em fevereiro deste ano ante igual mês do ano anterior, resultado pior do que a expectativa média do mercado, de queda de 4,4%. A deflação anualizada de fevereiro é mais acentuada que a de janeiro, quando os preços recuaram 4,3%. Por outro lado, o CPI (índice de preços ao consumidor) registrou inflação de 1,4%, na mesma base de comparação, quando se esperava alta de 1,0%.
Nos EUA, a agenda de divulgações econômicas reserva para hoje as oportunidades de emprego e o nível de estoques no atacado. Ambos os indicadores são referentes a janeiro e serão divulgados às 11h00 (horário oficial de Brasília).
No velho continente, a produção industrial na França contrariou a previsão de queda de 0,4%, ao subir 0,4% em janeiro ante dezembro. Por outro lado, na Itália a surpresa veio na direção contrária, uma vez que a indústria caiu 0,7% em janeiro ante dezembro, ante previsão de avanço de 0,2%.
Por aqui, a FGV informou que o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) registrou variação de 0,74%, na apuração referente ao primeiro decêndio de março, ante alta de 0,09% no mesmo período de apuração do mês anterior. A variação maior foi influenciada pelo Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que passou de -0,34% para 0,79%.
Ainda no front interno, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, avaliou ontem que a recente valorização do dólar é resultado de um fenômeno mundial e disse que a volatilidade cambial dos últimos dias não deve ser repassada à inflação. A divisa norte-americana avança 1,18% neste momento, para R$ 3,16.
Segundo nossa equipe de análise técnica, ibovespa manteve processo corretivo provocado pelo teste na reta de resistência de baixa, perdendo os apoios imediatos de Fibonacci (representados pelas retas tracejadas) e se aproximando do situado em 48.800 pontos. No entanto, ainda que a velocidade da queda motive alguma reação permanecem parecem maiores as chances de manutenção deste desempenho negativo até níveis entre 47.841 e 47.100 pontos (fundo anterior e a reta de suporte).
Lembramos que o Ibovespa é um índice, ou seja, reflete apenas o comportamento misturado das ações líderes, de modo que as análises individuais devem ser observadas no módulo de Análise Gráfica.
Bom dia e bons negócios!
por Thiago Garcia
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