O Ibovespa iniciou a semana em baixa, acompanhando o cenário
internacional de maior aversão ao risco, diante dos temores quanto aos
possíveis danos causados pelo furação Sandy, que se aproxima da Costa
Leste dos Estados Unidos. O desempenho negativo predominou desde o
início dos negócios, aprofundado pela expressiva desvalorização dos
papeis da Petrobras. Apesar da recuperação das perdas apresentadas no
começo dia, quando o Ibovespa chegou a cair 1,21% (marcando 56.580
pontos), o encerramento ainda manteve o sinal negativo, com baixa de
0,17%, aos 57.177 pontos. O volume negociado foi de R$ 4,00 bilhões.
A
notícia de que não haverá pregão na bolsa de Nova York por conta do
furacão Sandy, deixou os investidores sem a referência dos mercados de
ações nos Estados Unidos. Enquanto isso, o noticiário europeu também não
trouxe novidades positivas. De acordo com o Instituto Nacional de
Estatísticas (INE), as vendas no varejo na Espanha caíram 10,9% em
setembro em relação ao mesmo mês do ano passado, ante recuo de 2% em
agosto. Esta foi a 27ª queda seguida do indicador, além de ter sido a
mais acentuada desde que a instituição começou a recolher os dados, em
2004. Ainda em Madri, o primeiro-ministro espanhol e o premiê italiano
afirmaram, no encontro de hoje, não haver planos para pedir resgate
financeiro aos seus respectivos países.
Na agenda doméstica, a
Pesquisa Focus divulgada pelo Bacen desta semana, teve como destaque o
recuo das projeções para a produção industrial ao final do ano ao passar
de -2,06% para -2,10%. Já as expectativas para balança comercial
tiveram avanço, ao atingir US$ 18,45 bilhões, ante US$ 18,09 bilhões na
pesquisa anterior. Já o Índice de Confiança da Indústria da Fundação
Getulio Vargas avançou 1,0% entre setembro e outubro ao passar de 105,0
para 106,0 pontos, nível superior ao da média histórica recente e o
maior desde junho de 2011 (107,1 pontos).
Com o cenário de
agenda econômica internacional pouco relevante, os resultados
corporativos ganharam destaque no pregão da Bovespa nesta segunda-feira.
O grande destaque foi para a Petrobras, que revelou seus números do 3º
tri/12 após o fechamento do pregão da última sexta-feira. A estatal
informou que obteve um lucro líquido de 5,56 bilhões, o resultado ficou
12,1% abaixo do ganho obtido entre julho e setembro de 2011 (R$ 6,33
bilhões). O resultado não agradou os investidores e as ações da empresa
caíram 3,45% (ON) e 3,39% (PN).
Já as ações da Fibria subiram
2,26% nesta sessão, após divulgar que registrou prejuízo líquido de R$
212 milhões no terceiro trimestre deste ano, menor que o prejuízo
líquido de R$ 1,11 bilhão no mesmo período de 2011. O Ebitda ajustado
atingiu R$ 573 milhões nos três meses, 20% acima do Ebitda contabilizado
no 3º tri/11. Já a receita líquida totalizou R$ 1,56 bilhão no 3º tri,
7% maior que a receita dos mesmos três meses do ano anterior.
Destaques do Ibovespa:
entre as ações que estão listadas no Índice Bovespa, as maiores altas
foram: OGX PETROLEO ON (+2,67%), GERDAU MET PN (+2,34%) e SOUZA CRUZ ON
(+2,10%). Por outro lado, as maiores baixas registradas foram: LLX LOG
ON (-6,50%), BRASKEM PNA (-3,81%) e ELETROBRAS ON (-3,65%).
Bolsas americanas: hoje não houve negociações nos mercados americanos por conta da aproximação do furacão Sandy.
Bolsas europeias:
o FTSE 100 fechou em baixa de 0,20%, aos 5.795 pontos, em Paris, o
CAC-40 terminou o dia aos 3.409 pontos, com queda de 0,76% e o alemão
DAX registrou desvalorização de 0,40%, aos 7.203 pontos.
Bolsas asiáticas:
na Bolsa de Hong Kong, o índice Hang Seng caiu 0,16%, aos 21.511
pontos. Na China, o Xangai Composto recuou 0,4% e terminou aos 2.058
pontos. Na Bolsa de Seul, o índice Kospi ficou estável, aos 1.891
pontos. Em Tóquio, o Nikkei 225 teve queda de 0,04%, e encerrou aos
8.929 pontos.
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