O
Ibovespa operou sob forte volatilidade nesta sexta-feira. O principal
indicador da Bolsa de São Paulo abriu em queda, mas logo se recuperou e
chegou a registrar alta superior a 1%. Porém, nas últimas duas horas de
pregão houve nova reversão, com o Ibovespa encerrando o dia aos 51.583
pontos, baixa de 0,34%. Desta forma o Ibovespa registrou valorização de
9,97% em fevereiro, recuperando-se do tombo de janeiro e acumulando alta
de 3,15% no ano.
A maioria
dos mercados internacionais registrou valorização na última sessão da
semana, com investidores atentos a indicadores econômicos e ao PIB
norte-americano. O índice de preços ao produtor (PPI) da França caiu
0,9% em janeiro ante dezembro. Na comparação com igual mês do ano
passado, o PPI francês recuou 3,3% em janeiro. Já na Espanha, o índice
de preços ao consumidor (CPI) caiu 1,2% em fevereiro ante igual mês do
ano passado.
Já o
Departamento do Comércio dos EUA informou que a segunda estimativa do
PIB do país no 4T14 indicou crescimento à taxa anualizada de 2,2%. O
resultado ficou abaixo do primeiro levantamento (2,6%), mas um pouco
acima da expectativa média do mercado (2,1%). O nível bem mais fraco que
os 5,0% apresentados no 3T14 deu margem a entendimentos de menor
possibilidade de avanço dos juros básicos norte-americanos nas próximas
reuniões do Fomc.
Entretanto,
no fim da tarde os mercados norte-americanos passaram a cair, trazendo a
reboque a Bovespa, que também reagia a realização de lucros dos
investidores, que preferiam embolsar os ganhos recentes enquanto
esperavam o pronunciamento do ministro da Fazenda, Joaquim Levy.
Aliás,
nesta sexta-feira foram anunciadas novas medidas da equipe econômica na
busca para atingir a meta fiscal de superávit primário de 1,2% do PIB
neste ano. A Medida Provisória 669 altera as alíquotas cobradas pelas
empresas em parte dos 56 setores beneficiados pelas desonerações da
folha de pagamento. A partir de junho alguns setores passam a recolher
4,5% e 2,5% do faturamento, em substituição ao recolhimento sobre o
INSS, e não mais 2% e 1%. Sobre o recolhimento de 2,5%, os setores
escolhidos são empresas jornalísticas, de comércio e indústrias
variadas, como têxtil, aves, suínos, brinquedos, etc. Sobre 4,5%,
serviços, construção civil, transportes rodoviários e metroviários. Em
adição, a equipe econômica resolveu suspender também, por ora, alguns
programas, como o “Minha Casa Melhor”.
Já no
cenário corporativo nacional, as Units da Sul América (SULA11) avançaram
2,05%, para R$ 12,96, após a companhia divulgar o seu resultado
corporativo do 4T14, quando registrou lucro líquido de R$ 294,6 milhões,
alta de 1,9% frente aos R$ 289,2 milhões do 4T13. Em 2014, a empresa
atingiu lucro líquido de R$ 548,7 milhões, expansão de 14,2% frente a
2013.
Por outro
lado, as ações ON da Kroton (KROT3) recuaram 9,73%, para R$ 10,39,
enquanto as ações ON da Estácio Participações caíram 3,69%, para R$
19,30. Notícias veiculadas na impressa relatam que o governo está
limitando o volume de novos contratos do Fies (programa de financiamento
estudantil), esperando-se que haja uma grande redução do número de
novas contratações.
Destaques do Ibovespa:
entre as ações que estão listadas no Índice Bovespa, as maiores altas
foram: BR MALLS PAR ON (+4,06%), PETROBRAS PN (+3,24%) e BRASIL ON
(+3,09%). Por outro lado as maiores quedas foram: KROTON ON (-9,73%),
MARCOPOLO PN (-8,47%) e GAFISA ON (-7,08%).
Bolsas americanas:
às 17h25 o índice Dow Jones Industrial Average registrava baixa de
0,39%, para 18.144 pontos. O Nasdaq Composite Índex apresentava declínio
de 0,44%, aos 4.966 pontos.
Bolsas europeias:
em Londres, o FTSE 100 fechou em baixa de 0,04%, em 6.947 pontos. Já na
Bolsa de Paris, o CAC-40 terminou o dia aos 4.951 pontos, alta de
0,83%. Na Alemanha, o DAX-30 registrou valorização de 0,66%, para 11.402
pontos.
Bolsas asiáticas:
o índice Hang Seng fechou em baixa de 0,32%, para 24.823 pontos. O
índice Kospi fechou em baixa de 0,37%, aos 1.986 pontos. O índice Xangai
Composto subiu 0,36%, para 3.310 pontos. Em Tóquio, o Nikkei 225 teve
alta de 0,06%, para 18.798 pontos.
por Alexsandro Nishimura
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