Iniciamos
esta semana atentos aos movimentos dos candidatos e das pesquisas
eleitorais. Uma novidade (esperada) no final de semana foi a adesão de
Marina Silva à candidatura Aécio, assim como da família Campos, do
governador eleito do PSB e do partido quase como um todo. Pesquisas
indicam que o anúncio de Marina pode gerar uma adesão em torno de 60%
dos seus eleitores ao candidato Aécio.
Nesta
semana, a maioria dos acontecimentos está atrelada ao chamado kit
eleições. Acontece o primeiro debate entre Aécio e Dilma na Bandeirante
na terça-feira à noite e serão divulgadas as pesquisas Datafolha e
Ibope, respectivamente, nos dias 15 e 16.
Sobre
o debate, Dilma deve sair da defensiva, comparando os governos Lula e
FHC, enquanto que Aécio deve ser mais propositivo, com promessas de campanha e destaque para os apoios que obteve neste segundo turno (Marina Silva, PSB, PPS, PSC, dentre outros).
Neste
final de semana saiu mais uma pesquisa. O instituto Sensus/ISTOÉ
registrou 58,8% para Aécio e 41,2% para Dilma e a rejeição a Dilma
chegou a 46,3% contra 29,2% do Aécio. Esta pesquisa, no entanto, deve
ser relativizada, pois o dono da Sensus, Clésio Andrade, foi vice de
Aécio em MG.
Sobre
a agenda externa, há cautela nos mercados depois das projeções do FMI,
mostrando o crescimento mais fraco da Alemanha e Zona do Euro. Nesta
semana temos o PIB da Alemanha nesta terça-feira; da China na
terça-feira e o CPI da Zona do Euro na quinta-feira, além do Livro Bege,
retratando a economia norte-americana. Nesta terça-feira, outro
indicador importante é o índice Zew de Sentimento do Consumidor sobre a
economia da Alemanha. Na China, o economista-chefe do BACEN do país
negou a necessidade de novos estímulos monetários e fiscais, mesmo com
os indicadores mais fracos.
No
Brasil, a Focus veio com a primeira revisão de crescimento do PIB, agora
em 0,28% neste ano, depois de 19 semanas de queda. Na agenda doméstica,
na quarta-feira destaque para as vendas do varejo de agosto (PMC) e no
dia seguinte o IBC-Br, importante sinalizador para o PIB do terceiro
trimestre. Aguardemos também o Caged, com a geração de empregos formais.
por Julio Hegedus, economista-chefe
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