Com os principais mercados europeus fechados nesta
segunda-feira, os índices futuros norte-americanos recuam, após os mercados
asiáticos encerrarem os negócios no campo negativo diante de dados ruins
divulgados na região. Por aqui, o Ibovespa futuro também registra queda após o
governo ter anunciado a manutenção do IPI reduzido para automóveis e caminhões
até 2014.
De acordo com pesquisa realizada pelo Banco do Japão, o
pessimismo entre as grandes empresas do país diminuiu nos três meses terminados
em março para -8 pontos, ante -12 pontos em dezembro de 2012. A queda,
entretanto, foi inferior à esperada pelo mercado, que apontava para -7 pontos. A
melhora se deve à depreciação significativa do iene e o pico nos preços das
ações estimulados pela esperança da manutenção da política monetária e gasto
fiscal no país.
Na China, o índice dos gerentes de compra (PMI) industrial
oficial subiu para 50,9 pontos em março, de 50,1 pontos em fevereiro, ficando um
pouco abaixo da previsão (51,0 pontos), mas ainda acima da marca de 50 pontos, o
que indica expansão da atividade. Já o PMI industrial medido pelo HSBC, por sua
vez, avançou para 51,6 pontos em março, em leitura final, ante 51,7 pontos na
leitura inicial do mês e de 50,4 pontos ao final de fevereiro. Vale destacar que
o resultado não animou os investidores, que atribuem os avanços a fatores
sazonais.
Nos EUA, hoje serão informados o Índice de Atividade Industrial
de março e os Gastos na Construção referente a fevereiro. Na semana, destaque
ainda para a atividade no setor de serviços do país e para o relatório oficial
do mercado de trabalho norte-americano, o Payroll.
Por aqui, o Bacen divulgou a Pesquisa Focus, com expectativas
relevantes do mercado quanto aos indicadores da nossa economia. Nesta semana, a
expectativa para a meta do PIB em 2013 foi ampliada de 3,00% para 3,01% enquanto
a taxa de crescimento da produção Industrial foi ampliada de 3,00% para 3,12%.
Já a projeção da meta para a taxa Selic ao final desse ano foi mantida em 8,50%
ao ano. Dos indicadores de inflação contidos na pesquisa, destaque para o IGP-M,
com redução de 5,12% para 4,92% neste ano.
Ainda na agenda de divulgações internas, a FGV informou que o
IPC-S ficou em 0,72% na última quadrissemana do mês de março. O resultado
representa uma aceleração de preços na comparação com a última leitura de
fevereiro, quando o índice registrou alta de 0,33%. Na comparação com a terceira
quadrissemana de fevereiro, houve um recuo do IPC-S, que apresentou, na ocasião,
alta de 0,78%. No acumulado de 12 meses até março, o indicador acumula alta de
6,16% e, no ano, de 2,07%.
Ainda no front interno, o governo federal decidiu por manter a
alíquota reduzida do IPI para automóveis e caminhões até 2014, conforme anúncio
feito no último sábado. A medida representa uma renúncia fiscal adicional de R$
2,2 bilhões de abril a dezembro deste ano em relação ao que já estava
programado. O governo decidiu manter o imposto em 2% para os veículos flex e a
gasolina de até 1.000 cilindradas. Para os carros flex de 1.000 a 2.000
cilindradas, a alíquota do IPI seguirá em 7%, enquanto para os veículos a
gasolina nessa categoria, em 8%. Já para caminhões, a alíquota permanece em
zero.
No encerramento da semana a análise do gráfico diário do
Ibovespa mostrava a formação de um repique corretivo, que poderá atingir níveis
entre 56.495 e 57.050 pontos (Fibonacci em relação à última queda). Isto, no
entanto, parece simples consequência das perdas anteriores e não anula a
possibilidade de posterior consecução do objetivo baixista situado em 52.212
pontos.
Lembramos que o Ibovespa é um índice, ou seja, reflete
apenas o comportamento misturado das ações líderes.
Bom dia e bons negócios!
Bom dia e bons negócios!
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