A maioria dos mercados internacionais registrou desvalorização
na sessão desta quinta-feira, diante das preocupações com a economia do Chipre e
de um eventual contágio a outros países da Zona do Euro.
Além disso, indicadores econômicos ruins sobre a atividade na
Zona do Euro também pesaram sobre os índices. Neste contexto, nem mesmo a
divulgação de indicadores acima das expectativas nos EUA foi suficiente para dar
ânimo aos investidores. O Ibovespa por sua vez, acompanhou a tendência externa
ao recuar 0,81%, terminando os negócios aos 55.573 pontos, em dia de agenda
econômica interna vazia.
O Banco Central Europeu (BCE) ameaçou cortar os financiamentos
emergenciais aos bancos do Chipre caso o país não chegue a um acordo com União
Europeia e o Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre o pacote de socorro até a
próxima segunda-feira. A ameaça surgiu após o Parlamento cipriota desistir de
impor taxas aos depósitos bancários a todos os correntistas do país, as quais
seriam utilizadas no referido pacote.
Além disso, o instituto Markit anunciou que o índice de gerente
de compras (PMI) composto da Zona do Euro registrou piora em março, marcando
46,5 pontos, contra 47,9 verificados na leitura anterior. O PMI composto na
França caiu para 42,1 pontos na leitura preliminar de março, de 43,1 pontos em
fevereiro, na queda mais acelerada em quatro anos. Já na Alemanha, o PMI
composto recuou de 53,3 para 51,0 pontos na mesma base de comparação.
Nos EUA, destaque para bons números sobre o mercado de
trabalho. O número de pedidos de seguro desemprego registrou leve alta, de 334
mil (dado revisado) para 336 mil, na semana encerrada em 16 de março, resultado
inferior à expectativa de 345 mil solicitações. Além disso, o total da população
recebendo o benefício ficou em 3,05 milhões na semana até 9 de março, abaixo da
projeção de 3,07 milhões.
No âmbito corporativo interno, as ações das mineradoras e
siderúrgicas foram destaques de baixa. Ontem, o Sindicato Nacional das Empresas
Distribuidoras de Produtos Siderúrgicos (Sindisider) informou que as vendas de
aços planos totalizaram 317,9 mil toneladas em fevereiro, o que representa uma
queda de 13,8% em relação a janeiro. Com relação ao mesmo período do ano passado
também houve queda de 7,5%.
Destaques do Ibovespa: entre as ações que estão listadas
no Índice Bovespa, as maiores altas foram: PDG REALT ON (+3,64%), BROOKFIELD ON
(+3,09%) e CEMIG PN (+1,44%). Por outro lado as maiores quedas foram: MMX MINER
ON (-7,02%), LLX LOG ON (-4,93%), e BRASKEM PNA (-3,66%).
Bolsas americanas: o índice Dow Jones
Industrial Average registrou leve queda de 0,62%, aos 14.421 pontos. O Nasdaq
Composite Índex fechou em queda de 0,97%, aos 3.223 pontos.
Bolsas europeias: o FTSE 100 fechou em
queda de 0,69%, para 6.389 pontos; em Paris, o CAC-40 terminou o dia aos 3.775
pontos, com recuo de 1,43% e o alemão DAX registrou desvalorização de 0,87%, aos
7.933 pontos.
Bolsas asiáticas: o índice Hang Seng
recuou 0,14% aos 22.226 pontos. O índice Kospi teve queda de 0,44%, para 1.951
pontos. Já o índice Nikkei avançou 1,34%, para 12.636 pontos. Na China, o índice
Xangai Composto registrou valorização de 0,30%, para 2.324 pontos.
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